CLÁSSICOS DA ARQUITETURA DE BRASÍLIA
Mansão dos Arcos
Conhecida mundialmente por ser uma das maiores criações arquitetônicas da história, Brasília foi fundada na década de 60. Idealizada por Juscelino Kubitschek, projetada pelo arquiteto Lúcio Costa e recheada de obras de Oscar Niemeyer, a cidade, capital do País recebeu, no ano de 1987, da Unesco, o título Patrimônio Cultural da Humanidade.
Brasília possui inúmeras construções que são referência para a arquitetura moderna assinadas por diversos arquitetos de talento e reconhecidos mundialmente. Uma dessas construções é um marco referencial da arquitetura de Brasília: A Mansão dos Arcos, projetada pelo arquiteto João Gama Filgueras Lima, o Lelé.
A obra foi concluída em 1978 e foram seis anos de árduo trabalho. São 1.880 m² construídos, com tijolos, vidro e madeira e pouco concreto. Os tijolos formam abóbadas que remetem aos templos religiosos e mesclam com traços modernos. A casa é térrea e dividida em duas partes. A primeira é a parte residencial com quartos, sala e cozinha. A segunda abriga a garagem, piscina, salão de jogos e cinema. Outra peculiaridade é que a casa não tem portões, grades ou muros e as paredes de vidro são para a rua.
A construção já estampou várias revistas de arquitetura e ganhou prêmios importantes como o Grande Prêmio Latino Americano da 9ª Bienal Internacional de Arquitetura em Veneza.
Museu da República
Previsto no projeto original de Brasília, o Museu Nacional Honestino Guimarães ou apenas, Museu Nacional da República foi projetado por Oscar Niemeyer em parceria com Lúcio Costa.
O edifício tem 14 mil metros quadrados e a forma de uma semiesfera perfeita, composta por uma notável rampa de acesso. A construção tem um aspecto surrealista e lembra uma grande nave.
A cúpula abriga três andares, onde são realizadas as exposições. A estrutura do prédio é toda em concreto e sua cobertura também é de concreto, o que gera uma estrutura dupla. A face interna da calota foi recoberta com placas de gesso; a parte inferior foi pintada com tinta à base de água e a parte superior coberta por revestimento acústico. A iluminação ambiente é indireta, feita por reflexão, a partir do piso de um grande lustre central.
O museu junto com a biblioteca formam o Complexo Cultural da República João Herculino.
Congresso Nacional
Localizado na cabeceira do plano piloto de Lúcio Costa, e como o único edifício sobre o canteiro central da asa leste do Eixo Monumental, o palácio do Congresso Nacional conta com uma localização privilegiada entre os edifícios públicos de Oscar Niemeyer em Brasília. O mais sóbrio dos palácios da Praça dos Três Poderes, o Congresso Nacional reflete a forte influência de Le Corbusier, ao mesmo tempo em que insinua as formas mais românticas e caprichosas que caracterizam o modernismo brasileiro de Niemeyer.
O conceito de uma cidade-capital projetada no interior do país remonta à independência do Brasil de Portugal, após as Guerras Napoleônicas, e foi até mesmo consagrada na primeira Constituição Republicana do Brasil em 1891. [1] Foi quando o amigo de Niemeyer, Juscelino Kubitschek, elegeu-se presidente em 1956 que a transformação começou a ocorrer.
Não sendo, talvez, a mais famosa ou popular das estruturas monumentais de Brasília, o Congresso Nacional é certamente mais proeminente e simbólica de Brasília como sede do governo nacional.
Elevando-se acima do telhado plano, duas “cúpulas” indicam as câmaras do legislativo brasileiro. Anteriormente alojados em dois edifícios separados no Rio de Janeiro, Niemeyer reuniu as duas câmaras legislativas em Brasília. Inspirado em outras estruturas do tipo, como o Capitólio dos EUA em Washington, DC, ou a Basílica de São Pedro em Roma, a cúpula sobre a câmara do Senado tem a forma de uma abóbada parabólica rasa. Em contraste, para a Câmara dos Deputados maior, Niemeyer inverteu a cúpula simbólica, criando a forma de uma tigela.
Uma longa rampa leva da rodovia até o edifício. Dividido em dois segmentos, uma seção de rampa leva à entrada do edifício, enquanto a outra leva à cobertura do embasamento, revestida em mármore. Originalmente concebida como uma praça pública, a cobertura, desde então, tem permanecido fechada devido a preocupações de segurança.
Catedral de Brasília
A Catedral Metropolitana é um monumento criado na capital do país, Brasília, e foi projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer. O edifício é considerado uma obra de arte por dentro e por fora.
Foi graças a este projeto que Niemeyer recebeu o prêmio máximo da arquitetura (o Prêmio Pritzker, em 1988).
A Igreja encontra-se situada na Praça de Acesso, ao lado da Esplanada dos Ministérios, local sugerido pelo urbanista Lúcio Costa, e foi inaugurada no dia 31 de maio de 1970.
Seguindo o estilo modernista, a construção possui dezesseis colunas de concreto que convergem num círculo central. A padroeira de Brasília (e, consequentemente da Catedral) é a Nossa Senhora Aparecida, também padroeira do Brasil. O templo conta com uma réplica original da santa, que se encontra em Aparecida (São Paulo).
HISTÓRIA
O nome oficial da Igreja projetada por Niemeyer é Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida.
O templo de Brasília teve a sua pedra fundamental lançada no dia 12 de setembro de 1958. A estrutura ficou pronta cerca de dois anos depois, em 1960. A inauguração, de fato, aconteceu dez anos mais tarde, em 31 de maio de 1970.
A Igreja tem capacidade para receber quatro mil pessoas.
Quem assinou o cálculo estrutural que permitiu a construção da catedral idealizada por Niemeyer foi o engenheiro Joaquim Cardozo. O edifício é um dos ícones do modernismo que celebra uma profusão de curvas e a liberdade da forma.
Do lado de fora da Igreja foram instaladas quatro esculturas de bronze, com 3 metros de altura, de autoria de Alfredo Ceschiatti, que representam os evangelistas Mateus, Marcos, Lucas e João. O artista Dante Croce também colaborou com o trabalho. Como os evangelistas foram os primeiros a registrarem a história de Jesus Cristo na Terra, nas estátuas eles carregam pergaminhos nas mãos.