Suspensão vale até que empresa comprove resolução de reclamações abertas na capital. Agência afirma que ‘vem estudando caso a caso e está cumprindo as decisões judiciais’.
O Procon-DF suspendeu, nesta quarta-feira (30), as operações da 123 Milhas na capital. Pela decisão, a empresa está proibida de vender novas passagens aéreas ou pacotes de viagens para consumidores do Distrito Federal.
A suspensão de vendas no DF vale até que a empresa comprove a “resolução das reclamações abertas pelos consumidores no Procon/DF”. Em 18 de agosto, a 123 Milhas suspendeu os pacotes e a emissão de passagens de sua linha promocional (veja detalhes abaixo).
Segundo o órgão, a medida cautelar foi tomada após “aumento expressivo de reclamações no DF de consumidores com problemas com a 123 Milhas”. Até agosto deste ano, o Procon recebeu 155 reclamações contra a agência.https://2fa6d08341af2ac300ab9d08bb971512.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-40/html/container.html
O número é 55% maior que o registrado no mesmo período do ano passado — quando 86 consumidores abriram registros contra a 123 Milhas no Procon da capital.
Em nota, a 123 Milhas afirma que “vem estudando caso a caso e está cumprindo as decisões judiciais”.
Suspensão
A agência 123 Milhas anunciou na dia 18 de agosto que suspendeu os pacotes e a emissão de passagens de sua linha promocional, chamada de “Promo”. A medida afeta viagens já contratadas, da linha de datas flexíveis, com embarques previstos de setembro a dezembro de 2023.
A companhia informou que está devolvendo integralmente os valores pagos pelos clientes. A devolução será feita em “vouchers acrescidos de correção monetária de 150% do CDI, acima da inflação e dos juros de mercado, para compra de quaisquer passagens, hotéis e pacotes”.
Segundo a agência, esses vouchers poderão ser usados em produtos da 123 Milhas. No comunicado, entretanto, a empresa não deixou claro se haverá ressarcimento em dinheiro, para uso além de seus serviços.
Recuperação judicial
Nesta quarta-feira, a agência entrou com pedido de recuperação judicial. Segundo os advogados da empresa, o pedido foi protocolado por conta de fatores “internos e externos”, que “impuseram um aumento considerável de seus passivos nos últimos anos”.
A empresa afirma ainda que usará a recuperação judicial para cumprir obrigações de “forma organizada”.
De acordo com o pedido de recuperação da 123 Milhas, os resultados do pacote “Promo” acabaram não sendo atingidos, porque a empresa esperava que os clientes também adquirissem outros produtos atrelados à viagem, mas que isso acabou não ocorrendo.
“Nesse contexto, a 123 Milhas se viu impossibilitada de emitir as passagens aéreas, pacotes de viagem e os seguros adquiridos pelos clientes do Programa Promo123, especialmente nos prazos contratados, motivo pelo qual entendeu por bem retirar o Programa Promo123 do ar e buscar, por meio do presente pedido de Recuperação Judicial, cumprir tais obrigações de forma organizada”, diz o pedido.
Fonte: G1